No dia 30 de março tive a honra e o prazer de participar do Seminário sobre as Mudanças Climáticas que aconteceu no Recife, no auditório da Fiepe, onde este evento contou com as brilhantes participações da professora da Universidade de São Paulo (USP), Suani Coelho; o senador João Tenório (PSDB/AL), presidente da Subcomissão de Biocombustíveis do Senado, o presidente da Fundação Amazônia Sustentável, professor Virgílio Viana, professor Ivon Pires da Pires Advogados, professor Terence Dornellas da Martorelli e Gouveia Advogados, Eduardo Leão diretor geral da Única/SP, Renato Cunha da Sindaçúcar, Paulo César Tavares da CPFL/Energia, do professor Waldecy Pinto da APC - Academia Pernambucana de Ciências e do Coordenador do Seminário, o economista e professor Josué Mussalém da MRSA Consultores, e da ex-ministra do Meio Ambiente, e pré-candidata pelo Partido Verde à Presidência da República, senadora Marina Silva.
Entre tantos assuntos pertinentes a discussões pós COP-15 deste encontro, ficou claro que a conferência de Copenhague não tinha a intenção de delegar normas aos países e sim assinar um acordo climático global para a redução das emissões dos gases de efeito estufa.
Infelizmente este encontro não foi suficiente para chegar a este acordo global, mas é um importante passo para uma primeira ação.
Esperamos que a COP-16 que será sediada no México no final de 2010, consiga incrementar o Acordo de Copenhague, mas enquanto ela não chega seria interessante enumerar alguns dados relativos ao nosso encontro na Fiepe.
Segundo os dados de nossos palestrantes, a Agência de Proteção Ambiental Norte Americana divulgou um estudo onde em nível de redução de poluição em relação á gasolina, o etanol americano de milho consegue o equivalente a 25%, enquanto o etanol de cana de açúcar brasileiro consegue uma redução de 61%.
Fica claro que o etanol será uma saída importante para a política de mudanças climáticas no Brasil e no mundo, mas o que continua pesando sobre o produto brasileiro é uma tarifa de importação de 54 centavos de dólar por galão (equivalente a 3,78 litros). Além disso, os produtores de etanol de milho também continuam recebendo uma série de subsídios, e ninguém em sã consciência acredita que a tarifa ou os subsídios vão desaparecer em médio prazo, o que se percebe que esta guerra está longe de terminar.
Por outro lado o governo americano, vem demonstrando interesse pelas causas ambientais onde o presidente Barack Obama, viabilizou investimentos neste setor, na ordem de 90 bilhões de dólares em 1 ano de governo, enquanto nos 8 anos do governo Bush, foram investidos somente 14 bilhões de dólares.
E por fim, outro dado importante principalmente para os profissionais de marketing, seria o do programa piloto executado pela Coca-Cola, para a fabricação e comercialização de garrafas pet a partir do bagaço da cana de açúcar. Esta nova garrafa é feita a partir de material desenvolvido pela Coca-Cola, e usam 70% de petróleo e 30% de materiais à base de cana-de-açúcar, mas é bom lembrar que este produto ainda está em fase de testes.
E por fim não poderia deixar de enaltecer a participação da senadora Marina Silva neste evento e entender melhor a sua luta e envolvimento nas causas ambientais e perceber porque ela é ganhadora do maior prêmio da ONU na área ambiental o Champion Of the Earth, ao lado de personalidades como o ex-vice Presidente americano Al Gore, dentre outros, e considerada como uma das 100 maiores protagonistas do mundo em 2009 pelo respeitado jornal espanhol El País, e também considerada pela Revista Época, como um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Tenho certeza que como cidadão e como acadêmico da área de marketing, saí deste evento com a sensação de que o mundo mesmo em passos discretos está caminhando para um futuro melhor!
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