sábado, 9 de abril de 2011

Experiência de marca embalada pela música.



Marcas capricham na escolha das trilhas sonoras e levam emoção e experiência aos filmes publicitários.

Há filmes publicitários que se destacam tanto pela trilha sonora que acabam tornando-se muito mais significativos do que o próprios clipes originais das canções. Na maioria dos casos, a música é encaixada em uma ideia já existente. Em outros, a trilha se torna o elemento-mãe, e a ideia é construída e se desenvolve a partir da letra.

Isso depende muito da mensagem e da sensação que se quer passar com o comercial, mas em todos os casos, a escolha da trilha tem a ver com a geração de uma experiência emotiva e sensorial com a marca - e é através dela que se desenvolve a relação com os consumidores.

Em 2004 e no decorrer dos anos seguintes, a Apple lançou uma série de comerciais chamada “Silhouettes”, criada para promover o iPod nas ruas. A campanha foi eleita a “Propaganda de rua da década” pela AdweekMedia em 2010 por conseguir deixar o produto claro para as pessoas sem que ele fosse o foco do olhar nos anúncios publicitários.

As peças traziam silhuetas de pessoas dançando contra panos de fundo bem coloridos, sempre ouvindo músicas em iPods e fones da Apple, que são implicitamente lembrados por serem representados na cor branca. Dessa forma, os aparelhos destacam-se em relação à silhueta e também ao fundo.

Os comerciais e as "silhuetas dançarinas" são variados e modificam-se de acordo com a trilha. Entre os artistas que participaram da série com músicas próprias estão: Wolfmother , U2, White Stripes, The Temper Trap, Feist, Jet, The Fratellis, Coldplay, Gorillaz, Steriogram, The Black Eyed Peas, Daft Punk e outros.

Fonte: Exame.com

Como já foi mencionado acima este comercial não é nenhuma novidade para os fãs de propaganda e da banda U2, pois seu lançamento se deu em 2004, porém vale a pena dar uma conferida neste comercial que eu pessoalmente acho genial e atinge em cheio seu público-alvo.

Luiz Fernando Madalozo

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A marca, a embalagem e a crise.

“Líder de uma das marcas mais referenciadas do mundo, Steve Jobs passa quase tanto tempo pensando na embalagem de seus gadgets quanto nos próprios produtos. Não é uma questão de gosto ou de elegância, embora isto também faça parte de suas preocupações. Para Jobs, o ato de tirar o produto de sua caixa é uma parte importante da experiência do usuário e, como tudo o mais que ele faz, é pensado com muito cuidado para contribuir com a percepção geral de sua marca.”

* Fábio Mestriner

O que lemos acima é o primeiro parágrafo da introdução do livro “A cabeça de Steve Jobs”, de Leander Kahney, lançado pela editora Agir. Poucos empresários perceberam como ele, que a embalagem é integrante do processo de relacionamento do consumidor/usuário com o produto e componente importante da experiência de consumo.

Todos compreendem a sensação que nos proporciona o desembrulhar de um presente, a expectativa da descoberta, a alegria de receber algo, mas poucos conseguem transferir isto para seus próprios produtos. Steve Jobs percebeu que a embalagem faz diferença, percebeu claramente sua contribuição ao processo de engajamento do usuário à marca. Ao estudarmos o processo de construção de uma marca, descobrimos que ela é o resultado e o repositório de todas as ações que a empresa desenvolve ao longo do tempo, fixado na mente do consumidor.

Neste processo de construção, a embalagem desempenha um papel fundamental pois ela é o elemento físico que está presente no momento mágico em que o consumidor realiza a experiência com o produto. A embalagem consolida a proposta da marca e os significados objetivos e simbólicos do produto, fazendo a entrega destes atributos ao consumidor. Ela participa do processo de comunicação funcionando como repositório da mensagem emitida pelo fabricante, aparecendo nos anúncios para informar ao consumidor aquilo que a empresa deseja que ele compre.

É a ligação entre o veiculado na mensagem e o objeto final a ser encontrado. Por ser em última instancia a identidade do produto ela tem papel decisivo na recompra ao permitir que o consumidor encontre novamente o produto com o qual ele teve uma experiência positiva. Pesquisas do Comitê de Estudos Estratégicos da Associação Brasileira de Embalagem (Abre) demonstram que o consumidor não separa a embalagem de seu conteúdo, para ele os dois constituem uma única entidade indivisível. A embalagem contamina de forma decisiva e inevitável a percepção da marca, para o bem e para o mal.

Sabemos que cerca de 90% dos produtos vendidos em um supermercado não têm apoio de marca, dependem única e exclusivamente da embalagem para competir e construir suas marcas. Em tempos de crise e restrição de verbas de marketing e comunicação como a que estamos vivendo, todos os recursos disponíveis precisam ser utilizados ao máximo. O custo da embalagem está embutido no produto e a empresa já pagou por ele.

Portanto, ela tem em mãos uma poderosa ferramenta de marketing a custo quase zero. Por desconhecer questões simples como estas, muitas empresas deixam de aproveitar suas embalagens para estender, aprofundar e tornar mais relevante a experiência dos consumidores com suas marcas.

Fonte: www.abre.org.br

* Fábio Mestriner é coordenador do núcleo de estudos da embalagem da ESPM e professor da Sustentare Escola de Negócios/Joinville

Apple terá fábrica no Brasil, afirma revista.

O empresário João Dória Jr., que atua no segmento de comunicação corporativo, deu uma boa notícia para os amantes da Apple em sua coluna publicada pela revista “IstoÉ”. Ele afirma categoricamente que a Apple terá uma fábrica no Brasil, prevista para entrar em funcionamento ainda nesse ano de 2011.

De acordo com Dória que também apresenta programas de televisão voltados para o mundo corporativo , o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deve apresentar nas próximas semanas a localização exata da unidade fabril.

Em sua coluna, o empresário e apresentador diz que a suposta fábrica da Apple será responsável pela produção dos iPads. Seria a primeira (e única) unidade de produção fabril da empresa na América Latina.

Como bem se sabe, a Apple costuma concentrar toda a sua produção de equipamentos na China, onde a mão de obra é muito mais barata do que nos Estados Unidos ou na Europa (e até mesmo que no Brasil, em diversos casos). Coincidência ou não, a Foxconn, que responde pela produção da empresa em território chinês, possui uma fábrica no Estado de São Paulo, próxima à cidade de Jundiaí. Será que os novos iPads “made in Brazil" virão dessa fábrica? Ainda vamos descobrir.

Fonte: www.techtudo.com.br

domingo, 3 de abril de 2011

Para o lançamento de novos sabores, Ruffles pede ajuda aos seus consumidores !

A nova campanha publicitária da Ruffles intitulada: "Faça-me um Sabor!", é assinada pela AlmapBBDO, e já está sendo exibida em comerciais de 32 segundos nos principais veículos de comunicação do país.

Para participar da promoção, o consumidor deverá entar no site da empresa, preencher um cadastro, e colocar sua criatividade em ação, criando um sabor diferenciado e surpreendente. Colocar um nome bem criativo a este sabor e mandar junto uma imagem que inspirou esta idéia.

Os participantes poderão enviar quantos sabores quiserem, e irão concorrer a R$ 50.000,00 e mais 1%* das vendas do produto. O resultado dos 3 finalistas sairá dia 15/6 e serão produzidos e lançados em todo o Brasil para que os consumidores escolham o vencedor da promoção.

Maiores informações no site oficial da Ruffles.

Segue abaixo a campanha publicitária exibida na TV :

  


(*) 1% das vendas líquidas no período de 01/07/2011 à 31.12.2011. Prêmio entregue em certificado de Ouro.

Fonte: www.ruffles.com.br

sábado, 2 de abril de 2011

Nestlé coloca realidade aumentada em cereais.

Iniciativa permite ao consumidor ter a experiência de interagir com a arara azul Blu, do filme Rio, na tela de seu computador.

A Nestlé, de olho na geração Y, traz para seus cereais matinais um jogo de realidade aumentada. A tecnologia mistura mundo real e virtual na tela do computador, permitindo ao consumidor interagir com a arara Blu, protagonista do recém-lançado filme Rio.

Feita pela WMcCann, a campanha para divulgar a novidade foi ao ar no dia 30 de março e terá divulgação em emissoras de televisão (aberta e cabo), promotoras e materiais em pontos-de-vendas em todo o país. O filme Rio, estreia nos cinemas brasileiros no dia 8 de abril.

A iniciativa permite ao consumidor ter a experiência de interagir com a arara azul Blu na tela de seu computador, utilizando um cartão impresso nas embalagens de Nescau Cereal, Snow Flakes, e Moça Flakes.

Para iniciar a ação, basta acessar o site e posicionar o cartão recortado da embalagem em frente à câmera do computador. A realidade aumentada é possível a partir da sobreposição de objetos virtuais tridimensionais, gerados pelo computador, em um ambiente real, por meio da utilização da webcam. Para aqueles que não possuírem uma, foi desenvolvida versão que pode ser jogada com o mouse.

A inovação é resultado de uma parceria entre a Nestlé e a Twentieth Century Fox Film, que prevê outras ações promocionais para o filme. Durante as duas primeiras semanas de exibição de Rio, em alguns complexos da rede Cinemark na região Sul, Grande São Paulo e cidade do Rio de Janeiro, os espectadores que adquirirem ingressos para o filme ganharão amostras dos cereais e as crianças poderão tirar fotos em um painel simulando uma praia que compõe o cenário. Está prevista também a distribuição de jogos em CD nas embalagens dos produtos.

Em 2009, a campanha das caixas de cereais desenvolvida pela Nestlé e Dassault Systèmes na França, com os personagens do filme "Arthur and the minimoys", fez com que a empresa aumentasse em 1.6% seu market share local no segmento de caixas de cereal, em um período de três meses. Hoje esta tecnologia já está disponível em 53 países, em 29 línguas, totalizando 26 milhões de caixas de cereais. No Brasil, a Dassault Systèmes também foi a empresa que realizou a tecnologia.

Fonte: www.mmonline.com.br

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Embalagem e Crowdsourcing.

Ações de marketing nas quais as pessoas são convidadas a contribuir ou opinar na criação de rótulos e embalagens parecem ser uma tendência que veio para ficar, principalmente com a atual força das mídias sociais.

* Daylton Almeida

Ações de marketing nas quais as pessoas são convidadas a contribuir ou opinar na criação de rótulos e embalagens parecem ser uma tendência que veio para ficar, principalmente com a atual força das mídias sociais. O envolvimento na co-criação da embalagem ajuda a estabelecer e, em outros casos, aumentar o vínculo afetivo entre as pessoas e a marca. Se o crowdsourcing for bem conduzido, o engajamento dos consumidores pode ser extremamente alto e a marca passa a ser ainda mais relevante para eles. Para ilustrar essa nova prática, temos dois casos de sucesso, sendo um internacional e o outro nacional.

O primeiro é o da Chiquita BrandsInternational, detentora da Chiquita, uma das marcas mais valiosas do mercado de alimentos norte-americano. A marca é mais conhecida pela icônica etiqueta azul que serve de rótulo para as suas frutas (no começo eram apenas bananas, hoje a marca expandiu para outras frutas, sucos, snacks e frozen smoothies), sinalizando aos seus consumidores produtosde ótima qualidade e procedência.

A empresa, através de um concurso dos 50 anos da marca, pediu aos seus consumidores que desenhassem versões customizadas da famosa etiqueta azul, mas com uma condição: deveriam ser mantidos o formato, a paleta de cores e as dimensões. Os fãs da marca Chiquita votaram online em 50 finalistas, para eleger 18 ganhadores, que estamparam as bananas em todas as localidades dos Estados Unidos durante o mês de novembro de 2010. Além disso, os finalistas receberam uma camiseta, chapéu e chaveiro com a ilustração das suas próprias etiquetas. Para se ter uma idéia da popularidade da ação, o crowdsourcing atraiu mais de 500.000 visitas nos primeiros seis meses após seu lançamento.

Na página inicial do site www.eatachiquita.com no logo Sticker Design Contest é possível visualizar as etiquetas vencedoras. No mesmo site, existe um aplicativo (Sticker Studio) que permite aos usuários criar suas próprias “carinhas” customizadas no formato da etiqueta da marca (25.000 carinhas foram criadas nos primeiros 6 meses após a estréia da ferramenta), e depois postar e compartilhar o resultado no Facebook e Twitter, que contam hoje com, respectivamente, 34.770 e 1.050seguidores.

O segundo caso é o do Guaraná Jesus, marca de refrigerante típica do estado do Maranhão adquirida pela Coca-Cola em 2001. Após um trabalho completo de branding para a marca maranhense, a Dia Comunicaçãoescolheu a ferramenta de crowdsourcing para o lançamento da nova lata do produto. A ideia por trás dessa estratégia era fazer com que o consumidor se sentisse proprietário da marca.

Em uma ação até então inusitada, a agência convidou a população do Maranhão para escolher a nova lata do refrigerante a partir de três layouts propostos. A participação popular foi realizada através de votação no hotsite da campanha e por mensagens via SMS. Para apoiar a estratégia foram feitos virais no Youtube/Orkut e blitz com promotores (aparelhados com netbooks e flyers) e três atores fantasiados de latinhas – uma de cada opção – que tinham o objetivo de angariar votos para as suas respectivas latas. As blitz aconteceram em escolas e nos pontos principais da capital maranhense. A campanha revelou-se um sucesso, sendo computados mais de 12.000 votos em apenas três semanas. Desde o início da estratégia, as vendas do produto aumentaram e contribuíram para o ganho de 8 pontos de share de mercado conquistados pela marca no período.

Os exemplos acima demonstram que o crowdsourcing é uma poderosa ferramenta que, quando aliada aos projetos de embalagem, oferece às marcas grandes oportunidades de estreitar o relacionamento com os seus consumidores, fazendo-os sentir parte do processo de criação do produto. Não esquecendo que, uma boa estratégia alinhada ao DNA da marca, faz toda a diferença no projeto.


* Daylton Almeida é Gerente de Inovação e Conhecimento em Branding da Agência Dia  Comunicação e membro do Comitê de Design da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem.