Este é um tema recorrente. Sempre esteve na mídia, nas discussões profissionais e, com alguma freqüência, é uma “pedra” no caminho do desenvolvimento profissional.
Aliás, habilidade para trabalhar em equipe tem sido uma competência constante em todas as organizações, tanto que é pergunta obrigatória dos selecionadores nos processos de seleção.
Hoje em dia já é uma prática assimilada pela grande maioria dos profissionais, mas o início foi complicado. Há mais ou menos uma década algumas dúvidas da eficácia do trabalho em equipe preocupou os gestores de pessoas nas organizações. Surgiam questões como: “trabalhar em equipe reduz o ritmo das soluções”; “o grupo inibe as melhores propostas”; “em equipe alguns carregam o piano e os outros observam”, “é mais fácil fazer sozinho que explicar”, entre outras considerações.
Mas, foi notório, faltava prática e melhor análise.
Costumo enfatizar que “só se aprende fazendo”, reforçando a necessidade de se praticar os conceitos adquiridos para se dominar a teoria. É a experimentação permitindo conhecer os detalhes e as dificuldades do processo. Requer disposição e um pouco de coragem para tentar-se algo que não se domina completamente.
Com o trabalho em equipe é exatamente assim. Freqüentemente a resposta vem com a prática, principalmente porque trabalhar em equipe não é, apenas, uma técnica administrativa. É, também, um princípio de gestão!
Dessa forma o processo começou a amadurecer, junto com as pessoas. Trabalhar em equipe é um exercício de comunicação, paciência e...permissão. Permissão para que as pessoas encontrem seus espaços para propor e testar novas idéias. Todos nós temos diversos exemplos de soluções que foram dadas por pessoas que não nos pareciam capazes de tal proeza!
Paciência para que as pessoas se sintam confiantes de que a tentativa é possível e vale a pena, mesmo com o risco do erro. Afinal: “Você erra 100% dos chutes que não dá!”.
E comunicação, fator chave de sucesso em qualquer organização! O trabalho em equipe requer nivelamento de informações para que todos caminhem na mesma direção.
Vamos fazer uma comparação: - Você já cantou em coral? Um grupo coral tem que ter harmonia. É básico. Lógico que há os cantores solos, que no seu momento, por razões da sua habilidade, destacam-se da equipe de cantores, mas em seguida ao solo retornam à harmonia necessária ao conjunto para o melhor resultado e sob o comando de um maestro. Os cantores solos não podem destacar-se quando o solicitado é a harmonia de vozes. Destoaria o conjunto e prejudicaria o resultado geral. Todos têm sua contribuição. Você já ouviu a contribuição importante dos cantores que fazem a segunda voz? Pois é!
Este é um ponto importante no trabalho em equipe. Lógico que em uma equipe as pessoas não são iguais. Até porque uma das contribuições fundamentais das equipes é a riqueza das diferenças. Temos que ter opiniões diferentes, baseadas nas diferentes experiências, formações e pontos de vista. É a contribuição da diversidade, “pedra de toque” do melhor resultado. Uma equipe também existe para contestar posições estabelecidas. Nelson Rodrigues já dizia: “a unanimidade é burra!”.
E hoje, uma exigência tem contribuído significativamente para fortalecer a necessidade do trabalho em equipe. Refiro-me à exigência atual de novos conhecimentos das mais diferentes especialidades que as novas tecnologias tem solicitado. Ninguém poderia acumular, sozinho, todas as áreas de conhecimento necessárias para o melhor atendimento das nossas necessidades atuais.
Dependemos de uma equipe como nunca jamais aconteceu.
Portanto, vamos aprender!
Fonte: www.administradores.com.br
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