Após uma série de entrevistas com ex-funcionários da Apple e especialistas, escritor tenta decifrar o “jeito de pensar” de Steve Jobs. Confira dicas para pensar como o CEO da Apple.
As inovações que saem da cabeça de Steve Jobs foram, em grande parte, responsáveis pelo sucesso atual da Apple. Mas a maneira de pensar de um dos maiores inovadores da atualidade, se não tem receita certa, tem ao menos alguns ingredientes definidos.
Pelo menos é o que acredita o consultor Carmine Gallo, autor de livros como “Faça Como Steve Jobs”. Ele entrevistou diversos ex-funcionários da Apple e uma série de especialistas para traçar um perfil sobre o jeito de pensar do CEO da Apple. Segundo psicólogos, algumas técnicas garantem um poder de raciocínio parecido com o de Jobs que pode levar alguém ao sucesso. Confira algumas dicas e exemplos que Gallo revelou em artigo para a revista Forbes:
Inspire-se
“Uma série de ideias de Jobs vêm dos lugares e experiências mais improváveis”, diz o autor. Segundo ele, o CEO não tem medo de se arriscar. Exemplo disso são as aulas de caligrafia que ele teve durante a faculdade ou as visitas que fazia ao setor de cozinha da loja de departamento Macy's. “Jobs se expõe a uma série de experiências que acabam se tornando o início de um processo criativo”, afirma.
Transforme suas inspirações
Não adianta nada se expor a experiências diversas se você não estiver disposto a transformá-las em ideias reais. “Jobs vê as mesmas coisas que outros líderes, mas ele as percebe de maneira diferente. Percepção é o que separa o inovador do imitador”, afirma Gallo.
Segundo o autor, psicólogos tentam há tempos descobrir o que faz um inovador diferente. Uma pesquisa de três anos da universidade de Harvard mostrou que “criatividade é a capacidade de conectar coisas”. Por isto, tente “materializar” o que te inspira. A visita à Macy’s, por exemplo, foi feita na época da criação do Apple II, que Jobs queria que fosse um computador para ser usado por qualquer pessoa dentro de casa. Nada melhor que se inspirar em utensílios comuns de cozinha.
Exercite a criatividade até em momentos improváveis
“Quando Jobs começou o projeto da Apple Store, ele propôs evitar contratar alguém da indústria da computação para comandar o projeto”, afirma o autor. Não foi a primeira vez que ele usou a criatividade num momento onde muitos prefeririam ser conservadores. A primeira equipe de desenvolvimento do Macintosh tinha músicos, artistas, historiadores e até poetas, segundo Gallo.
Não desista
Gallo alerta: Jobs percebe as coisas de maneira diferente e esta habilidade não é exclusiva dele. Mas desenvolvê-la é difícil. “Buscando novas experiências e pensando diferente para resolver problemas comuns, você vai forçar seu cérebro a gastar mais energia que o normal. Fazer isto não é fácil, mas levar a si próprio para fora de sua zona de conforto vai aumentar sua chance e potencial de ter novas ideias e transforma-las até em negócios”, diz Gallo.
As melhores frases de Steve Jobs
>>> “Não tenho planos de me aposentar. Eu não vejo a minha trajetória como uma ‘carreira’. Eu faço coisas. Eu respondo a coisas. Isso não é uma carreira – é uma vida.”>>> Time, abril de 2010
>>> “Meu trabalho é inspirar pessoas. É criar espaço para elas, abrir clareiras criativas no meio da burocracia corporativa.”
>>> Macworld, fevereiro de 1984
>>> “Os processos tornam a empresa mais eficiente. Já a inovação nasce das pessoas no corredor, ou umas ligando para as outras às 10h30 da noite quando tiveram uma grande ideia, ou se deram conta de furos no modo como estávamos pensando. A inovação nasce de reuniões de meia dúzia de pessoas, feitas no calor da hora, quando alguém descobriu o jeito mais insanamente genial de fazer algo.” >>> Business Week, outubro de 2004
>>> “Eu não faço pesquisa de mercado. A gente investe bastante estudando nossa base instalada de usuários. Também prestamos atenção às tendências da indústria. Mas, no fim, é muito difícil criar algo com base em grupos de foco. Na maioria das vezes, as pessoas não sabiam que desejavam uma novidade até você mostrar à elas.” >>> Business Week, maio de 1998
Fonte: epocanegocios.globo.com
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